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18 de junho de 2014

Postado por Unknown | Marcadores: , , , , ,
Em uma sexta-feira, 1º de fevereiro de 1974, um incêndio parou a cidade de São Paulo.
Aproximadamente 756 pessoas distribuíam-se pelos 25 andares do Edifício Joelma (hoje nomeado Edifício Praça da Bandeira), localizado no nº 225 da Avenida Nove de Julho, Praça da Bandeira, região Central de São Paulo - Brasil.
Por volta das 8:50 am um funcionário ouviu um ruído de vidros sendo quebrados, proveniente de um dos escritórios do 12º andar.
Foi até lá para verificar e constatou que um aparelho de ar condicionado estava queimando.
Em seguida foi correndo até o quadro de luz daquele piso para desligar a energia, mas ao voltar encontrou fogo seguindo pela fiação exposta ao longo da parede.
As cortinas se incendiaram rapidamente e o incêndio começou a se propagar pelas placas inflamáveis do forro.
O funcionário correu para apanhar o extintor portátil, mas ao chegar não conseguiu mais adentrar à sala, devido à intensa fumaça.
Então ele subiu as escadas até o 13º andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor.
A partir daí o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio.


Foram feitas várias viagens com os elevadores enquanto o oxigênio permitiu, salvando dessa forma muitas pessoas.
No final, uma ascensorista, na tentativa de salvar mais vidas, prosseguiu, mas como a fumaça havia piorado, ficou sem oxigênio e acabou falecendo no 20º andar.
Passados muitos anos da tragédia, o antigo Edifício Joelma foi reformado, sendo batizado com o nome de Edifício Praça a Bandeira, disponibilizando para aluguel várias salas para escritórios e empresas. No entanto pessoas que frequentam o local relatam fatos estranhos e sombrios no interior do edifício.
Segundo perícias, a causa do incêndio foi um curto-circuito em um equipamento de ar-condicionado em um dos andares, provocando um super aquecimento na fiação elétrica, gerando o primeiro foco de fogo, o qual se espalhou por todo o edifício.
O saldo da tragédia foi de 191 mortos e mais de 300 feridos.


As treze almas
Uma das tragédias desse incêndio que mais impressionou, foi o fato de que treze pessoas tentaram escapar por um elevador, não conseguindo, e morrendo carbonizadas em seu interior, sendo que devido ao estado dos cadáveres, os corpos não foram identificados, pois naquela época ainda não existia a análise de DNA, sendo então enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro, localizado na Av. Francisco Falconi, 837, Vila Alpina em São Paulo.
Os corpos deram origem ao mistério das Treze Almas, e a elas são atribuídos milagres, ficando conhecidas como as 13 Almas não identificadas.
As sepulturas atraem centenas de curiosos, principalmente às segundas-feiras, dia das almas.
Ao lado das sepulturas, foi construída a "Capela das Treze Almas", onde diariamente muitos visitantes fazem suas preces agradecendo à Deus pelas graças alcançadas e também fazendo seus pedidos.


O local ficou conhecido algum tempo depois do sepultamento das 13 vítimas não identificadas do Joelma, quando pessoas ouviram gemidos e choros misteriosos.
Assustados, procuraram verificar de onde vinha aquilo, sendo que descobriram que os gemidos e choros saiam das sepulturas das 13 vítimas.
Então sabendo como morreram (queimados), foi derramada água sobre as sepulturas, sendo que em seguida os gemidos e choros cessaram.
Sabendo do ocorrido, pessoas começaram à fazer orações para as 13 almas, pedindo graças diversas.
Muitas dizem que foram atendidas, e como agradecimento colocam faixas e "placas" com mensagens de gratidão no local.
Quem visita os túmulos das "Treze Almas" no Cemitério São Pedro, sempre pode verificar a existência de um copo com água sobre cada sepultura, isso com o objetivo de tranquilizar as almas dessas vítimas do incêndio do Edifício Joelma, as quais morreram carbonizadas em um imenso calor.


Alguns relatos sobrenaturais

O Caso do Escritório de Advocacia
"Em um escritório da advocacia alugado pouco tempo após a re-inauguração, uma assistente ficou até mais tarde para organizar os documentos deixados no final do expediente.
Como já era tarde da noite, e devido a existência de muitas salas ainda vazias e sem utilização, o prédio mantinha um silêncio sombrio e assustador.
Isso em conjunto com as lembranças do incêndio que ocorreu no passado, produzia um ambiente ainda mais assustador.
Em certo momento a assistente ouviu um barulho na ante-sala do escritório, como se a porta tivesse sido aberta.
Quando ela foi olhar, a porta estava fechada, como havia estado antes.
Então ela imaginou que fosse uma outra porta em outra sala do mesmo andar que havia gerado aquele ruído.
Instantes depois ela ouviu o barulho novamente, e quando se voltou, viu um vulto de uma mulher passando pela ante-sala.
Ela se assustou chegando a dar uma grito.
Foi observar novamente e não havia ninguém no local, apenas ela. Rapidametne ela pegou suas coisas, e saiu do escritório.
Quando foi trancar a porta, novamente ela viu o vulto de uma mulher no fundo do corredor, desaparecendo em seguida.
A assistente rapidamente deixou o edifício e tempos depois se demitiu, pois havia a necessidade de ficar em alguns dias até mais tarde e ela não concordou com a solicitação, temendo ver aquele vulto novamente ou algo ainda pior ".


O Caso do Motorista de Entregas
"Havia chegado com minha perua Kombi no sub-solo do "Edifício Praça da Bandeira", para entrega de algumas encomendas, isso aproximamente às 20:00' horas.
Estacionei como de costume, sendo que meu ajudante retirou as encomendas da perua para entregá-las no local solicitado.
Permaneci então ali dentro da perua sozinho, aguardando o retorno do ajudante para irmos embora.
Algum tempo depois, como que por espanto, vi surgir no fundo do estacionamento uma mulher vestida toda de branco, sendo que ela veio se deslocando em direção à minha perua.
Nesse momento notei que ela não estava caminhando, e sim flutuando a alguns centímetros do chão, indo em direção à outra parede do estacionamento, desaparecendo em seguida.
Saí então da perua e subi até o andar onde estava meu ajudante, e contei para ele o acontecido, saindo em seguida rapidamente do edifício.
Hoje evito de todas as maneiras fazer entregas à noite naquele local".


Poderia o passado ter prejudicado o local?

Escravidão
Sabe-se que na época da escravidão (séculos XVIII E XIX), o local de construção do Edifício Joelma foi onde os escravos considerados indisciplinados ou que não realizavam seus trabalhos conforme mandado, eram torturados até a morte, marcando o local com dor raiva, tristeza e sofrimento.
Devido ao extremo sofrimento acontecido no local, marcado por diversas mortes, poderia este local já estar marcado para o acontecimento de tragédias futuras?


O crime do poço
Dia 23 de novembro de 1948, depois de várias denuncias do estranho desaparecimento das mulheres em uma casa da Rua Santo Antonio, nº 104, região central de São Paulo, o químico e professor Paulo Ferreira de Camargo, com 25 anos de idade, suicida-se no exato momento em que a policia retirava do poço do seu quintal os corpos de sua mãe, Benedita de Camargo, com 56 anos de idade, e de suas duas irmãs, Maria Ferreira de Camargo, 23 anos e de Cordélia Ferreira de Camargo, 19 anos, pessoas que ele havia matado há 19 dias.
“O Crime do Poço” como ficou conhecido, foi uma vingança de Paulo contra sua família que não aceitava seu romance com uma enfermeira, a qual não era mais virgem, indo totalmente contra os padrões da época, sendo um completo escândalo para a sociedade da década de 1940.
Paulo Ferreira enfrentava constantes brigas com sua mãe e irmãs, as quais eram totalmente contra seu namoro com a enfermeira.
Irritado ao extremo, arquitetou o modo como resolveria aquilo.
Mandou então que fosse construído um poço nos fundos da casa, já como parte do seu plano.
No dia 23 de novembro de 1948, Paulo se reunião com sua família para lancharem, como normalmente faziam.
De modo furtivo, Paulo colocou sonorífero no alimento de sua mãe e irmãs.
Drogadas, elas dormiram rapidamente. Em seguida Paulo peqa um revólver e efetua vários disparos contra todas elas, as quais morrem na hora.
Após o assassinato, Paulo coloca capuzes nas cabeças da vítimas, arrasta os corpos para os fundos da casa, e os joga no poço recém construído. Nos dias que se seguem, Paulo leva uma vida normal.
Passados alguns dias, as pessoas estranham o desaparecimento das três mulheres.
A polícia então visita a casa de Paulo, o qual entra em contradição, dizendo ora que sua mãe e irmãs viajaram, ora que sofreram um acidente.
Vizinhos então contam à polícia que alguns dias antes ouviram barulho de tiros e uma estranha movimentação nos fundos da casa, próximo ao novo poço.
Quando a polícia vai verificar o local, acaba encontrado a horrivel cena do crime, com os corpos dentro do poço.
Vendo que não havia mais saída, Paulo Ferreira pede para ir ao banheiro. Chegando lá, pega o revólver que havia escondido nesse local, e comete suicídio com um tiro no peito, deixando para sempre dúvidas e suposições das mais absurdas.
Paulo Ferreira de Camargo era Professor do Departamento de Química da Universidade de são Paulo, a qual se localizava naquela época na alameda Glette. Uma carreira brilhante, interrompida estupidamente.
Descobriu-se posteriormente que o Professor Paulo Ferreira fazia uso de drogas, isso talvez devido ao fácil acesso aos produtos químicos em sua profissão.
Também foi revelado por companheiros de onde lecionava, que o Professor Paulo Ferreira já apresentava à algum tempo um comportamento desiquilibrado, pois andava armado, e segundo constatado, havia efetuado disparos com seu revolver no interior do laboratório de química da faculdade.


A casa onde ocorreu o crime ficou fechada por muitos anos.
Mais tarde foi demolida e no seu terreno foi construído o Edifício Joelma, objeto de tão triste memória.



Um comentário:

Escreva, monstrinho.